Feliz

Desculpa
Não tenho culpa
Se te amar
É uma loucura

Me leva
Para aonde você
Quiser me levar
Para aonde você for viajar
Pro mundo inteiro me abraçar

Sou louco como um todo
E de todos os mundos
E de todos os loucos
Terminei aqui, de novo

Deixe se permitir
Deixe o amor invadir
Baby, me deixe te fazer sentir
O amor que te fará sorrir

Sei que não sou poeta
Nem sei fazer poema
Mas te faço mais feliz
Que a garota de Ipanema

Rir do que posso uai

És que me acontece o pior, e toda minha liberdade havia sido roubada, eu fui até o brechó procurar um emprego, e fui contratado como escravo honorário da empresa "Serrinha perto do Mar", sentenciado a fazer quase nada por nove horas de tempo quase integral, tanto em casa, como no sobrado. Eu havia escolha? Nem que fosse por direito. Um novo rapaz está chegando a família e tudo que me restou foi perder minha liberdade, de escolha, mas, mesmo assim, tudo vale a pena quando a recompensa vale mais do que um bilhão. 

Parábolas são expressamente minha forma de rir sem deixar vestígios para os outros. "Rir de que zé?" De como a vida é bonita uai. Só o fato do meu brotinho ser um milagre, da minha esposa ser uma belezura de mulher, de eu ser cabeça boa e não de vento, me da motivos pra rir de alegria, mas rio disfarçadamente pra ninguém roubar isso de mim, pois já roubaram tanta coisa.

Descomplica



São simples as coisas meu bem, descomplique, se permita ser viva, tanta inteligência corrompida pela ignorância, tu é daqueles enigmas que eu amo, tu és capricorniana. Toda sua forma de ser mãe quando precisa, toda sua forma de cuidar, e quando queres, volta a ter aquele jeito de criança. Eu não sei o que tu tem, mas meu bem, tu é que me deixa assim, de bem com tudo, mesmo que seja estressada, isso não abala nosso mundo.

O único problema é te decifrar, te fazer viajar e cair nos encantos da vida calma, e de tudo que a paz pode lhe oferecer, você é presa, acorrentada ao chão, com um alicerce inquebrável, um muro impermeável, e com uma porta que outrora se abre por segundos e me deixa entrar, pena que estes segundos sejam poucos. Mas, o suficiente para me permitir, te fazer me amar todo dia de novo.

O cara que mudou

Estou imparcial com tudo. Acho que não me importo tanto com as coisas como deveria, afinal, se importar pra que se já sei que nada muda? Tem vezes que não adianta tentar. É como caminhar para longe querendo se afastar e encontrar de novo a sua casa. Espero por novos horizontes, paraísos calados e que tenham o berço da alma, a paz de um bebê e a inocência de uma criança, espero olhares compreensivos, sem o mau estampando nas costas da sociedade, acredito no interior do ser humano nesse lugar que em destinos futuros, será onde ficaremos ilhados com o futuro aos nossos pés. Este lugar meu amor, é o braço do nosso filho e tudo o que ele está passando a representar. 

Não vamos olhar pra trás, vamos acreditar no que está aqui e agora, quem vive do passado é museu, e quem quer problema meu amor, é doente. Imparcialidade me descreve por que se eu fosse dependente dos problemas que me cercam, eu não seria feliz, eu seria doente. Gosto de ser assim, despreocupado, com o foda-se ligado pra todos e pro estado, não sou perfeito, não sou certo, ser visto até como mau educado, mas por Deus e por mim mesmo, eu sou conhecido somente para mim, que se ama, como "o cara que mudou seu próprio mundo". 

PROJETO J.O.N - PRIMEIRA PARTE




- Até entendo que não queira ver o corpo, mas você é a única capaz de identificar se é o corpo do Jon.
- De fato não tenho outra escolha não é?!
- Venha comigo Júlia, após isso, recomendo que comece uma sessão com o Dr. Simons.
- Vou realmente precisar. Eu acho.

Após alguns segundos de caminhada, Júlia chegou junto com o agente Forbs a sala fria, uma sala onde os mortos em combate eram levados antes de serem preparados para um rápido funeral seguido de um rápido enterro com a presença de alguns parentes selecionados pelo próprio morto ao ir para a guerra em caso de uma eventual morte em combate. Júlia confirmou a identidade de Jon, sua cara estava completamente desfigurada, porém Júlia o reconheceu pela tatuagem na sola do pé que só ela tinha conhecimento.

- E então, é ele mesmo?
- É sim Forbs, a tatuagem na sola do pé me ajudou a identificar. - Júlia caiu em prantos.
- Venha, pedirei que te levem segurança, amanhã faremos o funeral pela manhã seguido do enterro. Contataremos os membros da família que Jon deixou na lista. Meus pêsames Júlia, conte conosco da U.P.T (União dos Países da Terra)
- Obrigado Forbs. Procurarei o Dr. Simons amanhã.
- Diga que eu lhe recomendei cobrirei as despesas pessoalmente.
- Obrigado de novo.

Júlia chegou em casa aos prantos, naquela noite não quisera saber de nada, apenas deitou em sua cama e chorou até pegar no sono.

Jon foi morto em combate na destruição da nave da U.P.T na galáxia de Andrômeda, vizinha a Via Láctea. Há muitos anos, uma guerra foi travada entre os Alliars e os humanos.

Os Alliars é uma raça alienígena semelhante aos humanos, mas com uma tecnologia duas vezes superior a nossa. Porém levamos vantagem na guerra por muito tempo, pois tínhamos ajuda dos Primogênitos, uma raça superior a qualquer outra, uma das primeiras no universo a um bilhão de anos atrás. Os primogênitos foram os responsáveis pelo desenvolvimento de muitas raças, inclusive os humanos, que só foram trazidos pro planeta que conhecemos de terra muitos anos após sua criação. Os Primogênitos foram derrotados pelos Titãs, uma raça do mesmo nível que eles, porém evoluíram a um ponto cósmico que não se tinha um tamanho da sua imensidão de poder e sabedoria. A guerra durou um milhão de anos e fez com que somente cem Primogênitos
sobrassem, tornando os titãs vencedores, os perdedores foram trancados em um planeta prisão e lá ficaram até serem descobertos por humanos que passeavam pelo planeta sem saber o que ele era. Isso em 2035. O planeta prisão era chamado por nós como Marte, e a prisão ficava dentro do planeta, pois pelo tamanho de vinte e um metros dos Primogênitos, eles seriam avistados facilmente por raças que quisessem escravizá-los e usarem seu poder em alguma guerra. Mas no dia 23 de Março de 2035, 2 meses após a chegada dos humanos a Marte, um acidente em uma instalação de abastecimento de suprimentos, fez com que o chão da instalação rompesse e liberasse os Primogênitos. Então eles revelaram aos humanos que tentaram a escapar muitas vezes e não conseguiam por ter uma proteção que impedia que o planeta fosse destruído de dentro para fora. Então os Primogênitos em forma de agradecimento se tornaram aliados dos humanos. E em 2078 os Alliars, uma das raças mais fortes do universo. atualmente, acharam um sinal de rompimento do planeta prisão quando acharam um planeta antigo dos Titãs, que desapareceram a milhares de anos e ninguém sabe como. Sabendo quem eram os Primogênitos, os Alliars o queriam para que possam interrogar eles e descobrirem como os titãs sumiram. Porém os Primogênitos ajudaram a raça humana a evoluir bastante e ainda estava ajudando, então travou-se uma guerra e em devoção aos humanos, os Primogênitos, ajudaram na guerra, morreram quase todos, só sobrou um e foi capturado pelos Alliars que mesmo após terem conseguido o que queriam, continuaram a guerra, pois com o aumento populacional da terra, tivemos que colonizar outros planetas e em 5 anos de guerra apenas, os humanos haviam colonizado 423 planetas. Os Alliars não gostaram disso pois a raça humana tinha um potencial para vencer a guerra e tornar-se a raça mais forte, e por mais de mil anos os Alliars são os mais fortes e soberanos do universo.

Júlia quando acordou na manhã seguinte para o funeral, recebeu uma proposta de Forbs pelo telefone.
- Júlia, bom dia, como você está?
- Estou melhor, mas um pouco abalada ainda. Por que ligou? Algum problema como funeral?
- Não, nenhum problema, só quero te fazer uma proposta?
- E qual seria?
- Soubemos da sua pesquisa para comunidade científica sobre aceleração quântica da computação, 70 anos atrás um cientista do M.I.T havia iniciado a pesquisa, porém foi interrompida no fim de 2015 por não conseguirem resultados, mas você retomou a pesquisa e fez progresso. Gostaria de trabalhar para nós em uma das naves do U.P.T? Temos uma central de pesquisa na nave Hexa na órbita do planeta 15B.
- É uma proposta tentadora, já não tenho vida aqui na terra sem o Jon, posso te dar a resposta amanhã Forbs?
- Sim, nos vemos amanhã então, melhoras Júlia, aguardamos sua decisão, esperamos que aceite, você seria perfeita lá.
- Obrigada Forbs, até amanhã. Espere...
- O que foi Júlia?
- Eu já terminei minha pesquisa e preciso da sua ajuda para realizar um transplante de memórias.
- O que? Isso é impossível, não dá para transferir memórias
- Eu trabalhei secretamente em um computador que fosse capaz de se comportar como um ser humano, porém ele trabalharia com memórias reais, ninguém sabia disso além do Jon. Se me ajudar, aceito o emprego na Hexa.
- Como posso te ajudar?
- Traga o corpo de Jon aqui em casa, atrase o funeral.
- Mas...
- Não tem mas... Sei que quer me ver trabalhando para vocês e te conheço há anos, sei que pode me ajudar. Quer que eu aceite o emprego? Então de um jeito e traga o corpo de Jon aqui.

Meia hora depois, Forbs bateu a sua porta com o corpo de Jon junto a ele.
- Onde eu o coloco Júlia?
- Desça para o porão, coloque ele na maca.

Júlia mal conseguia olhar para ele, mas ela tinha que fazer aquilo, o curso da guerra poderia mudar totalmente com a tecnologia que Júlia desenvolveu. É uma das mentes mais brilhantes de seu tempo, ajudou o U.P.T diversas vezes, mas nunca se interessou em trabalhar pra eles, pois não queria abandonar Jon e o planeta Terra. Mas agora que Jon se foi, e ela não tem alternativas, seu único proposito é parar está guerra desnecessária por territórios e conhecimento.
- Coloque os eletrodos na cabeça dele e depois coloque este capacete por cima, e faça uma descarga de 20%.
- Tem certeza do que está fazendo?
- Absoluta. Agora tenho 5 minutos para transferir para o computador.
- Por que não contou sobre isso a U.P.T?
- Por que esse será o meu trunfo para dar fim a esta guerra, e espero contar com você a partir de agora.
- Com certeza.

Após 5 minutos, os dados aviam sido transferidos para o computador. Porém não houve resposta por um determinado tempo. Júlia havia pensado que seu projeto de anos fracassou. Mas...
- Júlia? É você ai?
- Meu Deus... Jon? Meu Jon?
- Sim meu amor. Você conseguiu, embora eu não esteja fisicamente com você.
- Caramba... Você me surpreendeu Júlia. O Suficiente para eu acreditar em você e no fim da guerra. - Disse Forbs impressionado com o que estava vendo.
- O que faremos agora? - Perguntou Jon.
- Te colocarei em um capsulá e te levarei comigo para Hexa conforme o combinado.
- Cancele o Funeral.
- Como assim cancelar o Funeral Jon?
- Forbs, não vai aparecer ninguém, acredite.
- Como sabe?
- Pois não coloquei ninguém na lista além de você e Júlia.
- Vamos Forbs, precisamos partir agora, adeus querido, te vejo em um mês, boa sorte.
- Até logo.
- Já vamos pra Hexa Júlia?
- Sim, precisamos estar lá em um mês, pois irei apresentar a mais avançada I.A já feita, graças a computação quântica.
- E qual o segredo pra vencer a guerra?
- J.O.N.

Júlia arrumou suas coisas e colocou todos os dados sobre o Jon em um micro computador quântico feito por ela. Enquanto Jon trabalhava nas defesas e armamentos das naves humanas sem ninguém saber, era a inteligência artificial perfeita. Júlia e Forbs entraram na nave que os levaria a nave mãe Hexa no planeta 15B. Entraram em sono criogênio até chegar ao destino da viagem.